sábado, 16 de julho de 2011

As primeiras referências do roteiro

O primeiro tratamento do roteiro contava a história de um jovem que não conseguia sair de um shopping center numa madrugada. Era o projeto desenvolvido do argumento inicial de uma aventura misturando “Indiana Jones”, de Spielberg, e “Depois de Horas”, de Scorsese, toda passada num shopping, envolvendo um anti-herói, uma jóia, uma mulher, um velho, uma gangue e algum tipo de organização secreta com rituais macabros. Durante o desenvolvimento, a parte mais acrobática da trama (nomeada então “Batanka”) foi perdendo espaço para o conceito do shopping como uma ratoeira maravilhosa, no estilo da Manhattan que arrasta o personagem de Griffin Dunne noite adentro (cartaz acima). Nascia o projeto “Depois do Shopping”.
O desenvolvimento posterior até o último tratamento acabou destacando influências que já estavam presentes no primeiro roteiro, como “Curtindo a Vida Adoidado”, de John Hughes (cartaz acima), fortalecendo a personalidade do protagonista do filme como “O Cara”, do tipo que dá nó em pingo d’água. Outras foram se adicionando ao longo do processo criativo, como “Além da Linha Vermelha”, de Terrence Malick, “Cidade dos Sonhos”, de David Lynch, “Quero Ser John Malkovitch”, de Spike Jonze, e os faroestes spaghetti de Sergio Leone, especialmente “Três Homens em Conflito”, cuja trilha musical composta por Ennio Morricone é grande fonte de inspiração para os climas de algumas muitas cenas do filme DIA DE PRETO. De citação explícita ao filme de Scorsese, permaneceu no roteiro final apenas uma cena no banheiro do shopping, que os espectadores mais atentos poderão perceber.



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